segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Curvas na Luz Baixa

"Olho as curvas leves de tuas costas
na luz baixa do abajur da sala
E sinto imensa vontade de te dedilhar
Tocar um folk em tua pele nua
e cantar os abraços quentes que nos damos

Foi a sombra da luz no teu corpo que me conquistou
Só a visão das curvas das tuas costas de homem na luz baixa do abajur da sala."

Sobre o Solitário

"O melhor ser humano é o solitário.
Aquele solitário que olha no outro a si mesmo e tenta corrigir os erros antes que se cometa.
Mas só aquele que olha, não o que ouve falar.
O que ouve falar imita, é fútil e copia o erro que só ouviu, nunca viu."

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Dadaísta

Só sou o que abstratamente penso que sou
Mas essa verdade qualquer
É que estou agora
Nesta vida que talvez possa nem ser minha
Estou
Fui
E serei
Porque nada mais do que sermos
Do que já fomos
Do que seremos
Nada mais é que abstração
Nada mais é que abstração
Nada mais é que dadaísmo
Nada mais é 3que nada
Nada de nada
Somos

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Manifesto à Vida

"E se cair, que me levante depois.
Eu não quero mais uma vida monótona,
cheia de cores monocromáticas
e músicas de mesmo tom.

Eu quero viver. E viver,
digo dignamente, é se arriscar.
Porque o que fazia antes era sobreviver.
E nunca quis tanto superviver do que agora.

A vida é evolução.
E que evoluamos então ao mais intenso viver
e que não deixemos nunca de ter prazer com ele.

Prazer mesmo na dor.
Nunca mais sofrimento, porque ouvi dizer
que a dor é física, e o sofrimento é na mente."

domingo, 11 de maio de 2014

Estações de Profundidade


"Em que mundo interior eu vivo
sendo vista pelos outros como profunda?
Mesmo assim tão estranha,
me vendo, dependendo da percepção,
com profundidade tão rasa.

Avaliando bem o ponto de vista,
devo dizer que sou como as estações
Posso ser profunda,
mas também vario.

Mas posso estar rasa,
pela seca do inverno
e profunda pelas chuvas
chuvas de verão.

Também floreio nessas estações.
O problema é quando perco pessoas.
Aí posso sofrer de fortes erosões."

terça-feira, 22 de abril de 2014

Tempo de Pausa Poética

"É tempo de pausa poética.
Também da serenidade,
porque a minha poesia
nada mais é que a confusão interior
despejada no papel.

É tempo de amor, de companhia.
Tempo de foco, de realizações.
É tempo de se distanciar
ao máximo das sombras
e sair rumo ao sol.

É tempo de esquecer a dor
e ficar ao teu lado,
sozinhos numa valsa infinita.

É tempo de te olhar."

segunda-feira, 14 de abril de 2014

XXIII

"Um abraço no sofá
enquanto escutamos juntos
Song To Sing When I'm Lonely
Do John Frusciante.

Não sei se essa é a nossa música,
só sei que gosto muito de você.
Ainda mais quando escuto essa música.

Sinto tanta falta de você
quando escuto essa música.

Pararei por aqui...
Pretendo transformar isso
em uma saga maior que a anterior,
mais bonita e mais verdadeira
do que a platonicidade
que antes viveu em mim.

Hoje, você é real."